domingo, 8 de abril de 2012




Você fala mal da sua empresa na internet?

Na era da comunicação, empregados devem ficar cada vez mais atentos aos conteúdos que publicam em redes sociais como Orkut, Facebook, Twitter e tantas outras ferramentas de interação. Falar mal do empregador ou da empresa em que trabalha pode gerar demissão por justa causa.
A advogada trabalhista, Andreia Ceregatto, avalia que apesar da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ter sido criada antes da popularização da Internet e das redes sociais, em 1943, há como relacionar o mau comportamento na rede com a demissão por justa causa.
“A justa causa é aplicada através do artigo 482, alínea “k”, onde prevê que todo ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas contra o empregador e superiores hierárquicos constitui demissão. Nesses casos, faz-se uma analogia, pois a lei é genérica e cabe tanto à crítica verbal, manuscrita, ou publicada na Internet”, explica.
De acordo com Andreia, publicar ofensas indiretas ou em anonimato contra a empresa ou o empregador também pode incorrer em demissão com base em inquérito administrativo. “Se o empregador achar que aquela ofensa é para ele, ele deve abrir inquérito na empresa para apuração da falta e, dependendo da situação, aplicar advertência, suspensão ou demissão direta por falta grave”, diz
O empregador que sofrer difamação ou injúria deverá recorrer a um inquérito policial e registrar ocorrência na delegacia.
Por esta razão, é bom que se evite comentários que possam trazer prejuízos à sua carreira. 

Li recentemente que uma funcionária de uma boa empresa deixou um comentário em site de relacionamentos que seu emprego era chato. Mesmo sem citar o nome da empresa em que ela trabalhava, isso mesmo trabalhava, porque foi demitida pelo comentário, a colaboradora não ficou passiva da punição. 

A empresa Proofpoint, que atua no ramo de segurança de e-mails, realizou uma pesquisa com mil empresas americanas para verificar condutas das mesmas em relação aos seus colaboradores por se portarem de forma irregular em redes sociais. No levantamento foi detectado que 20% das entrevistadas já advertiram integrantes das suas equipes pela má conduta e 8% assumiram que já foram além, culminando em demissão dos colaboradores de seus quadros. No cômputo de irregularidades apuradas, falar mal da empresa configura entre o que consideram como má conduta, o que pesa tanto quanto o desvio de documentos privados da organização.

Você já parou para pensar que o sucesso em uma nova empresa depende de como você se relacionou na empresa anterior? Nos 10 erros fatais numa entrevista de emprego, falar mal do ex-emprego ou do chefe anterior está entre eles. Para que se tenha uma ideia, 99,9% dos entrevistadores na área de gestão de pessoas não veem como bons olhos esta atitude. Não cabe a quem está do outro lado da mesa ficar perdendo tempo pensando de quem foi a parcela de culpa, quando o entrevistado diz ter vivido uma situação de conflito com seus superiores.

É totalmente antiético ter a postura de falar mal da empresa. Evite isso, por mais aborrecimento que teve. Fale de novos desafios profissionais, sem denegrir a empresa que um dia acolheu você, por mais razão que deva ter, ou pensa ter. 


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