domingo, 4 de março de 2012


A base sólida que comentei no post anterior, foi construída com muito sacrifício. Liderar é uma arte que se aprende com o decorrer das experiências vividas.

Segundo Lin Bothwell em “A Arte da Liderança”, grande parte dos bons líderes são pessoas com um desejo comum: aprender e aperfeiçoar-se, ou seja, é possível a qualquer pessoa crescer e melhorar a sua capacidade interagir com os outros . Sito ainda duas qualidades, que o mesmo autor considera como distinção dos verdadeiros líderes, a vontade de concretizar os seus sonhos e a capacidade de os concretizar na ação, inspirando os outros a agirem. Ora, para se ser um bom líder não basta conhecer as teorias da liderança, é necessário que o indivíduo se conheça a si mesmo.


O Professor enquanto líder na sala de aula deve ter consciência e capacidade de gerir as suas emoções, para que possa utilizá-las em seu beneficio e dos alunos. Para que isso aconteça, o Professor deve aprender a gerir a as suas emoções, reconhecer que a relação com os outros exige de si a gestão da sua liderança. Muitas vezes os debates sobre a liderança estão centrados  no comportamento dos outros, mas quando falamos do uso da Inteligência Emocional é necessário referir a liderança do “eu”, assim afirma Randi B. Noyes. Considera ainda que: “Os grandes líderes tem a capacidade não só de se relacionarem e de criarem empatia com as emoções de outros, mas também de reconhecerem e de gerirem as suas próprias emoções de uma forma intencional e construtiva.” 

A inteligência interpessoal é aquela que nos habilita para o relacionamento com as outras pessoas e a inteligência intrapessoal aquela que nos permite o conhecimento de nós próprios, que Daniel Goleman inclui nas categorias da Inteligência Emocional. Mas a descoberta do nosso interior e na relação com os outros, não é exatamente uma tarefa fácil, pois nem todas as dimensões da nossa personalidade nos é revelada, tal como outras não conseguem mostrar-se aos outros.  Dizia o filósofo grego Teles: “O mais difícil é conhecermo-nos a nós próprios”. Somos um mistério para cada um de nós e para os outros. O professor ao aprofundar o auto conhecimento, terá maior capacidade de fortalecer a sua auto-estima e ganhar maior confiança nas suas capacidades de gestão e orientação da sala de aula. O crescimento pessoal tem também uma dose de sofrimento, pois tomarmos consciência das nossas “fragilidades” pessoais e analisarmos as nossas emoções e sentimentos, conduzindo-nos à mudança, altera-nos a percepção do quotidiano na relação com os outros. Mas este crescimento vai ajudar-nos nas tomadas de decisão, permitindo-nos ser ativos e responsáveis tal como se pretende em um líder.  

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